O Brasil está prestes a enfrentar uma nova onda de calor que promete trazer temperaturas recordes em várias regiões do país. De acordo com o Climatempo, o Sudeste e o Nordeste devem ser os mais afetados a partir do dia 12 de fevereiro, enquanto o Sul já está experimentando esse fenômeno desde a semana passada. A expectativa é que esse período de calor intenso se estenda até pelo menos o dia 18 de fevereiro, trazendo preocupações sobre os impactos na saúde e no bem-estar da população.
No Sudeste, o estado do Rio de Janeiro é o que deve registrar as temperaturas mais elevadas. A previsão é que os termômetros atinjam a marca de 40°C na região metropolitana, o que representa um alerta significativo para os moradores. Além disso, o noroeste de Minas Gerais e a capital do Espírito Santo, Vitória, também devem experimentar calor intenso, com máximas de 38°C e 35°C, respectivamente. Essa situação exige atenção redobrada, especialmente em áreas urbanas, onde o calor pode ser ainda mais intenso devido à urbanização.
Embora São Paulo não esteja diretamente sob uma onda de calor, a capital paulista ainda enfrentará temperaturas elevadas. O Climatempo esclarece que, embora a cidade não atinja os níveis extremos de calor, a máxima deve ficar entre 35°C, o que representa um aumento de 3°C a 5°C em relação à média para a época. Essa elevação, embora não classificada como uma onda de calor, ainda pode causar desconforto e riscos à saúde, especialmente para grupos vulneráveis.
A cidade de São Paulo já está em estado de atenção devido às altas temperaturas, com o alerta sendo emitido desde o dia 6 de fevereiro. Na manhã do dia 10, a capital amanheceu com um clima abafado e a previsão de sol forte, com temperaturas que devem se manter em torno de 30°C ao longo da semana. Essa combinação de calor e umidade pode aumentar a sensação térmica, tornando os dias ainda mais difíceis para os moradores.
No Nordeste, as temperaturas mais elevadas devem ocorrer fora das capitais. O Climatempo prevê que o oeste da Bahia, especialmente no Vale do São Francisco, pode registrar máximas de até 40°C. Além disso, a região de sertão que abrange partes da Bahia, Pernambuco e Piauí também deve sentir os efeitos do calor intenso. Essa situação pode agravar problemas de abastecimento de água e saúde pública, uma vez que a população já enfrenta desafios relacionados à seca.
No Sul, a onda de calor está se aproximando do fim, mas não sem antes causar temperaturas extremas. O fenômeno já provocou marcas de quase 44°C no Rio Grande do Sul e deve continuar a afetar a região até o dia 12 de fevereiro. O recorde atual de temperatura no Brasil, de 43,8°C, registrado em Quaraí no dia 4 de fevereiro, pode ser superado, o que geraria preocupações adicionais sobre os impactos ambientais e sociais desse calor extremo.
As recomendações para a população durante essa onda de calor incluem a importância da hidratação e a evitação da exposição ao sol durante as horas mais quentes do dia. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que a saúde pode ser comprometida quando as temperaturas se mantêm 5°C acima da média por períodos prolongados. É fundamental que as pessoas estejam cientes dos riscos associados ao calor intenso e tomem precauções adequadas.
A causa desse calor intenso no Sul está relacionada a uma frente fria que se aproxima, resultando em um fenômeno conhecido como calor pré-frontal. À medida que o ar frio avança, ele comprime o ar quente, elevando as temperaturas. Por outro lado, a nova onda de calor no Sudeste e Nordeste é resultado de um sistema de alta pressão atmosférica, que atua como uma “tampa” na atmosfera, retendo o ar quente e inibindo a formação de nuvens. Essa combinação de fatores climáticos destaca a complexidade das condições meteorológicas que afetam o Brasil.